Wednesday, December 05, 2007

Leo Aversa no OI


Dia 10 de Dezembro 2007 – inaugura a exposição fotográfica de Leo Aversa, no espaço OI Futuro, no Rio de Janeiro. São retratos dos principais nomes da música brasileira. A mostra estará aberta a visitação a partir do dia 11.12.2007 e reúne fotografias de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e muitos outros. Rua dois de Dezembro, 63, Flamengo.

Tuesday, December 04, 2007

Brasil Selvagem


Até o final de Dezembro estarei lançando o livro “Lições de um Brasil Selvagem”. O livro é fruto de 3 viagens à Amazônia e outras 15 ao Pantanal. Além de muitas fotos de fauna e flora, apresento algumas lições, em textos curtos, que podemos tirar da natureza. Estas lições me ocorreram principalmente durante às minhas estadias no Pantanal, onde passei mais de 150 dias nos últimos dois anos. O livro é de capa dura, acabamento de luxo, e vai chegar as livrarias por R$ 69,00. Outros detalhes em http://www.colorfotos.com.br/brasil-selvagem.htm .

fotos grátis


Diversos sites oferecem fotos grátis para uso na internet. O fotos-hz4 está entre eles. Trata-se de uma ótima opção para blogs e outros sites que não querem usar fotos sem permissão dos autores. Veja em http://www.fotos-hz4.com/ .

Tuesday, November 27, 2007

Os mestres Avedon e Rembrandt


Richard Avedon foi mais que um fotógrafo – ele foi o mestre da luz. Nenhum outro fotógrafo dominou a luz como ele. Muitos chegaram perto, com Helmut Newton e Robert Cappa, mas Avedon tinha um conhecimento a mais. Ele utilizava-se da luz para pintar a imagem, assim como Rembrandt usava o pincel para pinta a luz. Faço propositalmente esta comparação, pois Rembrandt tinha o mesmo olhar de Avedon. Basta analisar a pintura de uma e as fotos de outro. Há uma transcendência, jogo de sombras e volumes que nós não conseguimos captar no dia-a-dia, mas que estes dois homens não só sabiam enxergar como reproduzir e apresentar ao nosso olhar comum. A fotografia contemporânea pouco se importa com a luz. Os artistas (fotógrafos) de hoje preferem perpetuar idéias e conceitos a se aventurar pelos mistérios das sombras. O resultado muitas vezes é a mediocridade. O grande poeta Ferreira Gullar é um dos mais críticos em relação a arte das idéias. Todos nós temos milhares de idéias e conceitos todos os dias – faz parte da natureza humana. Arte não é dizer: “hei, eu tive uma idéia” , mas transformar esta idéia, muitas vezes comum a diversas pessoas, em algo grandioso. E esta arte parece ter morrido com Avedon. Temos ainda alguns poucos remanescentes da velha filosofia, como Miguel Rio Branco e Sebastião Salgado, que primam pela qualidade técnica, mas são uma cada vez mais rara exceção. Sou visto como um louco e antiquado por muitos de meus colegas de profissão, que usam máquinas digitais, foco automático, e até mesmo controle automático de diafragma e velocidade. Então me pergunto: será que Avedon teria trocado a sua preciosa luz por uma medição de chip de computador embutido em uma máquina digital ? Será que Rembrandt teria substituído pincel e tela por um notebook e um plotter ? É evidente que não. Nós fotógrafos, dificilmente algum dia chegaremos a excelência de Avedon e Rembrandt. Mas temos a obrigação de tentar.

Friday, November 16, 2007

Livro Rio 40°


Lancei esta semana o livro Rio de Janeiro 40°. O livro nasceu da idéia de abordar a cidade de uma forma diferente - uma não - são três as abordagens diferentes. Em primeiro lugar, o livro mostra a elevada temperatura da cidade, tanto no plano meteorológico (graus Celsius), como no agito da cidade. Em segundo lugar, resume um dia (24 horas) no Rio de Janeiro. As fotos não foram tiradas no mesmo dia, mas poderiam, exceto pelo desfile de carnaval na Marquês de Sapucaí e a queima de fogos em Copacabana, que não ocorrem na mesma época do ano. Finalmente (e principalmente) 40° é uma referência ao formato do livro. Nos últimos anos proliferou a fotografia de 360°, que, apesar de belíssima, tornou-se um pouco monótona. Como fotógrafo tenho paixão por cortes e enquadramento. Mostrar uma paisagem no ângulo de aproximadamente 40 graus me concede uma enorme liberdade criativa. veja mais em http://www.colorfotos.com.br/rio40.htm

Policial fotógrafo


Aos amantes da fotografia, indico o trabalho do policial Arnold Odermatt. Durante 40 anos, este policial suíço registrou acidentes de carros. O grande valor de sua fotografia porém não está no registro, mas na apresentação das imagens. Odermatt soube criar cenas singelas e intensas, através de um enquadramento exemplar e técnica sofisticada. Vale a pena pesquisar no google e admirar algumas de suas imagens.

Wednesday, November 07, 2007

Parque Lage

Sexta-feira 9.11.2007 haverá um jantar beneficente acompanhado de leilão no Parque Lage. Conforme denunciado neste Blog, o Parque Lage, principal centro de formação da arte contemporânea do Brasil, está abandonado. A indicativa do jantar e leilão é de um grupo de grandes colecionadores de arte do Rio de Janeiro e conta com o apoio de grandes artistas como Tunga, Adriana Varjão e outros. O dinheiro arrecadado será destinado à escola de artes visuais do Parque Lage.

Tuesday, September 11, 2007

Ambiente de Hades


O ambiente de Hades é inóspito. Aos poucos estou recriando o ambiente como, imagino eu, os gregos caracterizavam Hades. Pretendo fazer a primeira exposição completa sobre o assunto no início de 2008.

Friday, August 24, 2007

Liberdade

Era por volta de meia-noite e faltou energia no meu bairro. Repentinamente a televisão se calou, a internet desconectou, o computador parou. O rei Roberto Carlos, que berrava na casa do vizinho “detalhes tão pequenos de nós dois” emudeceu. As luzes que tanto me ofuscam, nas janelas dos prédios, ao meu redor, apagaram-se. Fez-se o silêncio, fez-se a escuridão. E, de repente, me senti livre com nunca antes. As fronteiras da cidade sucumbiram. Sem comunicação e sem vizinhos visíveis senti-me como se estivesse sozinho no mundo. Acendi uma vela que pintou de quente a minha casa – somente a minha casa – sem incomodar, sem ser visto por outros. Então tirei esta foto, uma auto-retrato. Talvez seja a mais sincera foto de toda minha vida. A minha liberdade durou pouco. Após alguns minutos a luz voltou e as fronteiras da cidade se reergueram.

Monday, August 20, 2007

Coisas do Rio


No Rio de Janeiro encontro cada foto. Este vendedor de chapéus resolveu tirar uma soneca e, enquanto isso, expor a sua mercadoria, chapéus trançados de palha.

Monday, August 13, 2007

o fim do parque lage


Hades é o mundo da mitologia grega do pós-morte e Hades está no Parque Lage do Rio de Janeiro. Assim como o MAM, mais um exemplo do Governo do Rio abandonando a cultura brasileira. A famosa escola de artes visuais, que ajudou a formar alguns dos maiores artistas brasileiros, vive hoje no abandono típico do mundo dos mortos. Só resiste, por heroísmo de alunos e professores. Já morreu, mas ainda não se deu conta. No último domingo lá estive dando adeus a este nosso patrimônio e registrei, para a minha série de fotografias HADES, ruínas, desmatamento e gatos.

Wednesday, August 08, 2007

Friday, August 03, 2007

Mais sobre Hades


Mais sobre Hades, o trabalho ao qual me dedico quase que exclusivamente. Hades é tanto o nome do mundo do pós-morte como de seu deus. Hades (o mundo) surgiu após a Guerra dos Titãs, quando os deuses Zeus, Posêidon e Hades, após derrotar Cronos, dividiram o mundo em três: a terra e o céu para Zeus – o mar para Posêidon – e o mundo do pós-morte para Hades. Hades (o lugar) é um ambiente triste, hostil, mas também surpreendente e pouco conhecido. Os gregos temiam Hades. Quem lá chegava era julgado por seus méritos em vida. Caso tivesse tido uma vida conforme os exigentes padrões morais, era conduzido aos Campos Elíseos, o “paraíso”. Caso contrário, era obrigado a uma existência infernal em Hades que poderia ser eterna ou passageira, dependendo do grau do desvio de conduta.

Monday, July 30, 2007

A determinação


Hoje me perguntaram por que eu dedicava grande parte do meu trabalho aos cavalos. O cavalo simboliza a determinação – e essa é, somada a honestidade, a maior qualidade do homem. Imagine-se velho e moribundo, deito na cama, pensando em sua vida; neste momento tudo o que você tem é um passado. E há dois passados possíveis: um de luta e determinação, outro de fraqueza e desistência. Pouco importa se você realizou ou não os seus sonhos, venceu as suas batalhas ou conquistou os seus objetivos. As conquistas são passageiras. Só o que fica, é a satisfação de ter tentado até o fim, de jamais ter desistido e de ter sido fiel a si mesmo.

Tuesday, July 24, 2007

O começo de tudo


Tudo começou com esta foto no final de 2004. Sou fotógrafo “comercial’ há muito tempo, mas nunca havia me aventurado pelo terreno das artes. Em Dezembro de 2004 eu fazia testes com uma Rolleiflex antiga em uma instalação militar no Rio de Janeiro, quando me deparei com esta pequena escada acompanhada de uma corda azul. E aquela visão, tão singela mas expressiva, mudou o meu olhar para sempre. Na fotografia comercial a forma dita o conteúdo, ou seja, parte-se do princípio de fotografar algo específico, como, por exemplo, o Corcovado, uma família feliz, a onça-pintada, etc. O resultado final é, por mais criativo que o fotógrafo possa ser, uma imposição do conteúdo concreto. Já na fotografia de arte não existe conteúdo concreto e por esta razão não há imposição da forma. A foto, nada mais é que a materialização de uma abstração e, a interpretação, muitas vezes foge a idéia original. Criar arte é “livrar-se de emoções”, como disse o poeta Ferreira Gullar em uma palestra na Casa do Saber em 2006. Se a emoção for rica o resultado será verdadeiro. Quando a emoção é medíocre não há arte. O artista que cria para vender, sedo ou tarde, acaba se deparando com o vácuo.

Monday, July 23, 2007

Museu do Tudo

Conforme eu já havia noticiado neste mesmo Blog, inaugurou sábado 21.7.2007, na Garage Salles em Itaipava, a exposição Museu do Tudo com curadoria de Miguel Rio Branco. A exposição mais parece uma gigante instalação. Miguel misturou as suas obras e de diversos artistas como Sebastião Salgado,Vergara e muitos outros, a objetos decorativos e peças de antiquário. As obras de arte não tem identificação, cabendo a cada um decidir o que é o que não é arte. O resultado é que as pessoas param as vezes 30 segundos em frente a um simples objeto decorativo, enquanto dão pouca atenção a uma consagrada obra de arte. Incrível e muito bem curado. A idéia porém não é criticar o espectador, porém deixar cada um decidir o que ele considera ou não considera arte. É uma reação a arte ditada pelos colecionadores e curadores. endereço: Estrada União Indústria, 14999, Itaipava. Tel.: 24-2222-0374.

Wednesday, July 18, 2007

O fim de uma era


O fim da era analógica na fotografia está realmente se anunciando. Muitos fotógrafos de renome já estão dando saída digital a fotografias, mesmo fotógrafos tradicionais como Mario Cravo Neto. O grande vilão da fotografia tradicional é, surpreendentemente, o atendimento. Sempre especulou-se que a crescente qualidade da fotografia digital, unida ao baixo preço, iria, aos poucos, derrubar a fotografia analógica. O que eu observo porém é que o principal fator de adesão ao digital por fotógrafos de arte está no atendimento dos laboratórios (pelo menos aqui no Brasil). A saída digital tem uma única matriz e uma prova de impressão que, para sempre, serão o modelo de como a foto deve ficar após impressa. O fotógrafo não precisa mais acompanhar o processo de ampliação, pois não há dúvida, a matriz precisa ser reproduzida com exatidão. Além disso, os equipamentos digitais são manipulados por profissionais recém-formados, já acostumados as exigências cada vez crescentes em relação ao atendimento por parte dos consumidores. No caso da fotografia analógica (tradicional), os laboratórios estão na mão de “dinossauros”, que impõem dezenas de regras e dificilmente aceitam devolução do material, quando a saída não agradou as expectativas do fotógrafo. Por esta razão o fotógrafo exigente é obrigado a acompanhar o processo de ampliação, o que toma muito tempo. E, muitas vezes surgem discussões, pois o laboratorista reluta em aceitar interferência em seu trabalho. Eu ainda faço 100% do meu trabalho de arte no processo analógico, mas também já estou cansando. A facilidade do digital seduz.

Tuesday, July 17, 2007

Exposição "Ver e ser visto"


Dia 27.07.2007 inaugura no Espaço Repercussivo a exposição “Ver e ser Visto”. A curadoria é de Alexandre Hipólito. Participo com um backlight, conforme imagem ao lado. Esta imagem faz parte do meu trabalho Hades, que é inspirado no sub-mundo da mitologia grega. Outros detalhes sobre Hades em www.felixrichter.com.br/hades.htm . Veja outros detalhes da exposição no endereço http://www.repercussivo.com/ .

O fotógrafo Miguel Rio Branco está curando o Museu do Tudo, uma exposição de arte a ser realizada de 21/07/2007 a 31/08/2007 em Itaipava, no Estado do Rio de Janeiro. Estou participando com uma fotografia (à direita). Participam diversos artistas, entre eles Antonio Saggese, Mauro Fainguelernt o próprio Miguel Rio Branco e Fernando Lemos.

Wednesday, July 11, 2007

os animais



Somente agora, após 12 viagens ao Pantanal, tirei fotos excepcionais dos animais. Fotos que um fotógrafo de primeira viagem dificilmente consegue tirar. As razões são duas: 1) uma maior compreensão dos animais e do ecossistema – 2) andar sozinho, a pé pelo Pantanal. Após me familiarizar com animais como onças, cobras, abelhas africanas, queixadas e outros, compreendendo a maneira como reagem a presença do homem, tive a coragem de me aventurar sozinho por este habitat selvagem, sem carro, cavalo, arma e outra proteção. Sozinho e a pé, sem ter com quem conversar, tive a grata surpresa de me aproximar até poucos metros de qualquer animal. Eles deixaram de me ver como intruso ou predador, para me perceber como somente mais um do Pantanal, entre tantos outros animais. O auge foi ficar frente-a-frente com a onça pintada (infelizmente sem foto). Eu estava distraído na beira do rio quando ouço um forte esturro atrás de mim. Olhei para trás e ela estava há no máximo 15 metros de distância. Assim que eu a avistei ela sumiu na mata. Aparentava ser uma fêmea, de estatura média. Dois dias depois encontrei com a onça-parda e desta sim consegui tirar fotos. Encontrei a mesma ao longo de uma cerca que divide a fazenda onde eu estava hospedado (grande parte do Pantanal, mesmo do Pantanal selvagem, é propriedade particular).

Fotografia digital no Pantanal


A fotografia digital deu um grande pulo nos últimos meses. Até mesmo eu, que sempre fui defensor da fotografia tradicional (cromo ou negativo), percebo grandes vantagens no digital. Recentemente testei a Novo Canon 400D de 10.1 megapixels e me surpreendi com a qualidade do resultado final. Acostumado a fotografar no Pantanal, onde há grandes variedades de luz, sempre andei com nó mínimo duas maquinas com filmes de sensibilidade diferente. Assim eu perdia algumas fotos, pois quando avistava o animal, muitas vezes estava com a máquina errada na mão. Na digital basta mudar o ISO apertando um botão. Como a finalidade destas fotos não é “ampliação em papel” porém uso em “livros de fotografia” a qualidade final é 100% satisfatória.