Wednesday, March 26, 2008

Sonia Andrade


Inaugura amanhã, 27.03.2008, na Galeria Tempo, a expo de Sonia Andrade na Galeria Tempo. Trata-se de uma gigante vídeo instalação, misturando mais de uma tonelada ametistas com uma projeção de vídeo. Sonia é a precursora da vídeo arte no Brasil, tendo trabalhos nos mais importantes museus e fundações do mundo. A Galeria Tempo fica na Av. Atlântica, 1782, ao lado do Hotel Copacabana Palace. Tel. 2255-4856.

Tuesday, March 18, 2008

cavalos na chuva


De volta para a minha grande paixão: os cavalos. Foto tirada de baixo de chuva pesada, que deu a idéia do fundo infinito branco, como no estúdio. Nestas horas nada como uma antiga Rolleiflex. Não há chuva que faça esta máquina parar de fotografar. O modelo que eu usei neste dia, uma Telerollei, já deve ter em torno de 50 anos...

Sunday, March 16, 2008

Caça de trofeus


Ainda falando em fotografia de natureza (principalmente animais) é preciso estar atento a uma armadilha: muitos fotógrafos transformam-se em caçadores de animais e orgulham-se pelo simples fato de terem fotografado um animal difícil de ser avistado, como a onça-pintada. Ouço muitos fotógrafos dizendo: “você tem foto de capivara ? eu tenho... . você tem foto de onça ? eu tenho...” . A fotografia tornou-se uma caça, onde os animais captados são simples troféus. Pouco importa a qualidade da foto, querem somente ter o orgulho de dizer: “eu tenho uma foto de urubu-rei”. Tal atitude é tudo menos fotografia. O fotógrafo, antes de mais nada, tem um compromisso com a qualidade da imagem. Muito mais vale uma foto espetacular de um pombo na praça, do que uma foto medíocre de uma onça no Pantanal. Mas é claro, não podemos tirar o mérito de quem busca uma foto singular da onça. Entre uma imagem espetacular do pombo e outra espetacular da onça, fico de longe com a foto da onça. Mas não podemos nos contentar com o simples registro, precisamos sempre buscar a perfeição.

Transformando a fotografia de natureza


Tenho me dedicado muito a fotografia de natureza nos últimos meses, especialmente de animais no Pantanal. Este trabalho ocorre paralelo ao meu trabalho de arte, e, de alguma forma eu sei, que ambos os trabalhos ainda se encontrarão. A princípio são opostos, pois a fotografia de arte é um movimento de dentro para fora, enquanto a fotografia de animais selvagens é um processo de caça de imagens, ou seja, o objeto determina a foto e não um sentimento interno. Percebo porém aos poucos que é possível permitir a influência das emoções mesmo nas fotos mais concretas como o vôo de uma ave. O resultado ainda não é arte, pois continua sendo um simples registro, mas, aos poucos, caminha nesta direção. Acredito que a fotografia de natureza, hoje marginalizada pelos críticos de arte, irá sofrer uma repentina valorização. Mas tudo dependerá da abordagem dos fotógrafos. É preciso libertar-se do animal como objeto, para focar no animal como meio de expressão. Trocar conquistas do tipo “olha só como é linda essa foto da onça”, pela simples interrogação: “o que a foto deste animal lhe desperta ?”.