Tuesday, May 29, 2012

Fotosequências

Fotosequências são conjuntos de nove fotos cada, que representam um evento. A partir de uma estética em sequência, eu instigo o observador a refletir, num processo que se aproxima da vídeo-arte. No conjunto de fotos deste post, de título "O Eclipse das duas Luas", eu abordo questões relacionadas à união, a amarras, à interferência, à introspecção e à essência. Veja outras fotosequências no meu site.

Sunday, May 27, 2012

o caso do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos defendendo um contraventor

a OAB de São Paulo apoia um ex-ministro da justiça defender um contraventor no congresso nacional. prezados senhores da OAB: na teoria, o discurso de vocês é lindo! na prática, ele não convence. há milhares de bons advogados no Brasil, porque o Cachoeira escolheu justamente o ex-ministro? não é porque ele advoga melhor! é porque ele, como ex-ministro, é muito bem relacionado em Brasília, tanto no Congresso, como no STJ e no STF. e é isso que está incomodando a nós brasileiros. só isso. deu pra entender? ou vocês vão ter que consultar uma cartilha de ética?

luxo x conforto


                É fato que vivemos numa época de luxos. Sempre houve luxo, é claro, mas, antigamente, o luxo restringia-se a elite da elite financeira. Hoje, o luxo existe em escala industrial. Pode ser comprado em promoções de shopping centers, na forma de sedosos roupões de banho, de maçanetas douradas, de camas extravagantes e de muitos outros itens que transitam entre o conforto e o exagero. Pessoalmente, nada tenho contra o luxo, desde que ele me proporcione um significativo ganho de conforto. O que não me encanta é o luxo pelo luxo. Há pessoas que viajam para Dubai, somente para instalar-se numa das luxuosas suítes que os hotéis de lá oferecem. A cidade, em si, oferece pouco: em termos culturais, não é significante; as praias são monótonas; não se come melhor do que em São Paulo; as restrições comportamentais são muitas. Prefiro me instalar num hotel luxuoso em Bangkok e, além do conforto, conhecer os templos e outras preciosidades históricas.
                A questão central é: o luxo, por si só, nada acrescenta, é uma ilusão. Alguém senta-se num iate de cem milhões de dólares, impecável, mas... e dai? Pra onde vamos? Legal esse iate, mas qual o rumo da viagem, afinal, um iate existe para navegar. Para muitos, o destino perdeu significado: importam-se somente com o acabamento interno do iate, com as tevês de plasma, com o banheiro de mármore e com o mordomo servindo champanhe.
                O luxo é uma grande armadilha, pois ele seduz na promessa do bem estar, mas acaba eliminando vivências que, justamente, trazem o bem estar. Qual experiência é mais engrandecedora? Cruzar a savana africana de jipe ou hospedar-se num requintado hotel-safari com 20 mordomos, tapetes persas e com cercas elétricas que afastam os animais selvagens? É evidente que a viagem de jipe se torna mais agradável, quando o carro tem ar-condicionado, um excelente serviço e quando os pernoites são realizados em acampamentos requintados. O luxo não é condenável, mas ele não deve restringir a experiência.
                Eu costumo dizer que prefiro viajar na classe econômica, me hospedar numa pousada honesta e conhecer bem a cidade de meu destino, a viajar de primeira classe, hospedar-me no melhor hotel, mas ver pouco da cidade em si. Agora, se for possível viajar de primeira classe e conhecer bem a cidade, melhor ainda. O problema é que, na regra, isso não acontece. O luxo acaba por desnortear os sentidos, e, ao invés de conhecer cada canto de uma cidade, passa-se tempo na piscina do sofisticado hotel.
                Vale a pena pensar a respeito: qual o sentido do luxo na sua vida? Enquanto o luxo significar, somente, conforto na estrada, tudo está nos trilhos. Quando o luxo representa a vivência em si, há algo de errado acontecendo.

Tuesday, May 22, 2012

o nu artístico - falso pretexto

A maioria dos fotógrafos aborda o nu por uma questão de excitação pessoal, libertando instintos reprimidos sob o falso pretexto de estar se dedicando às Artes. É evidente que a criação artística pressupõe movimentos de libertação, assim, trabalhar a própria sexualidade através da fotografia é, sem dúvida, um caminho aceitável nas Artes. A falsidade está, porém, na abordagem à qual grande parte dos fotógrafos se propõe: ao invés de se libertarem, gradualmente, de bloqueios relativos à questão sexual, utilizam-se da fotografia, somente, para satisfazer desejos e necessidades reprimidas, sem que haja um movimento interno que se proponha a desatar amarras.

Friday, May 18, 2012

os supostos benefícios do café


                Dia sim, dia não, leio alguma matéria sobre os supostos benefícios de se tomar café. A última foi ontem, no jornal Estadão, afirmando que ingerir, diariamente, 3 xícaras de café diminui em 10% as chances de morte. A afirmação é, em si, absurda, pois pressupõe ser a morte somente uma possibilidade. O vício de linguagem utilizado pelo jornal evidencia a máxima que, há tempos, corre a mídia: café é sinônimo de vida longa e saudável.
                Quantas matérias foram publicadas, nos últimos tempos, sobre os benefícios de chá verde, mandioca, cenoura, beterraba, ervas e outros? Foram algumas, sem dúvida, porém espaças. Um dia se fala da cenoura, noutro da abobrinha, noutro, ainda, do alho; mas a quantidade de vezes em que se fala dos supostos benefícios do café chama a atenção.
                A dúvida que fica é: por que o café? A resposta, mais óbvia, seria o interesse público, pois o café é, praticamente, uma unanimidade nacional. Há, porém, outras unanimidades das quais não se cita, o tempo todo, os supostos benefícios, por exemplo, o feijão, que, sabe-se bem, tem muitas qualidades. A dúvida, por tanto, continua: por que o café?
                A primeira possibilidade que vem a mente é um lobby da indústria do café por esse tipo de matéria. Os produtores e comerciantes de café, podem, através de assessorias de imprensa, estar bombardeando os jornais com reportagens sobre os benefícios do café. Seriam, nesse caso, matérias altamente questionáveis, pois os estudos estariam sendo encomendados pela própria indústria do café. Aliás, por que se estuda tanto os benefícios do café? Quem encomenda tantos estudos? Pergunta interessante.
                Uma outra possibilidade para a existência de tantas reportagens é bem mais polêmica. Transita pelo campo da famosa teoria de conspiração de que “grupos poderosos” estariam alienando a humanidade. O café, sem dúvida, é um estimulante, que transporta o usuário para um certo estado de automatização. É como se lhe dissessem: esqueça cansaço e problemas particulares, tome uma xícara de café e volte à mesa de trabalho, participe do sistema.
                Teorias da conspiração à parte, é bom se questionar a razão que leva a mídia a apertar, exaustivamente, a mesma tecla. O café pode até fazer bem a saúde, mas e daí? Água de coco também faz.

Thursday, May 17, 2012

xadrez - o conluio

esse trabalho faz parte de minhas fotosequências, nas quais trabalho o conceito editorial da imagem de que o conjunto de fotos conta, assim como as palavras, uma história.

Wednesday, May 16, 2012

água

tirei essa foto à noite, com luz que passava por baixo da fresta de uma porta.

Tuesday, May 15, 2012

retrato de uma pena


meu jogo de xadrez

as fotos deste meu trabalho foram tiradas com máquina rolleiflex, em seguida, digitalizadas, e o layout montado no computador. as imagens vermelhas não foram manipuladas, porém fotografadas com filtro vermelho. o tamanho total do trabalho é de 70x70cm.

Friday, May 11, 2012

empresta-se casa

empresta-se casa. 100% energia solar. água de fontes naturais. despensa com sistema automático de reposição. horta no jardim. extensa área de lazer. pede-se devolver em bom estado. (foto: reprodução internet)

Wednesday, May 09, 2012

as fotos de William Eugene Smith


William Eugene Smith é, talvez, o mais importante fotojornalista de todos os tempos, pois seu estilo autêntico influenciou milhares de fotógrafos. Recentemente, foi eleito pela publicação “Professional Photographer” o segundo fotógrafo mais influente de todos os tempos, perdendo somente para Richard Avedon. Nascido nos EUA, em 1918, Smith trabalhou para importantes jornais como o Life Magazine e o Newsweek, além de participar do auge da agência Magnum. Cobriu diversos conflitos, entre estes, a Segunda Guerra Mundial. Seu mais importante trabalho são as fotos feitas em Minamata no Japão, onde ele viveu dois anos e documentou as terríveis doenças causadas nos moradores, por poluentes de indústrias próximas. Faleceu em 1978, aos 59 anos.

Monday, May 07, 2012

ipanema

 para fazer essa panorâmica em alta definição, fiz duas fotos e as juntei.


Saturday, May 05, 2012

vazam fotos de carolina dieckmann nua

vi as fotos e estão lindas. infelizmente, por questões autorais, não posso reproduzi-las aqui. toda mulher tem um quê de exibicionista e carolina não é diferente. ela deveria relaxar, não há nada de errado nas imagens. aparecer assim, nua, na internet, sem photoshop, sem maquiagem e sem retoques, não é para qualquer uma. algumas pessoas maldosas criticam a forma como ela se fotografou, independente das fotos terem vazadas. discordo: a fotografia é uma forma de expressão, e, entre quatro paredes, não há limites para a manifestação de um indivíduo. eu já tirei fotos bem piores...