Vale apena comparar uma edição da revista Playboy de 1985 com uma de 2008. As mulheres, em 1985, eram reais. Tinham pequenos defeitos, barriguinha e rugas. Hoje, são perfeitas, vítimas do Photoshop. Chega a ser patético. Acredito que a Playboy deverá repensar urgentemente a sua postura perante o uso indiscriminado da manipulação digital das imagens. Do ponto de vista ético, o consumidor está sendo enganado. O leitor quer ver a Claudia Ohana nua, não uma versão digital da Claudia Ohana. Em breve, a Playboy fotografará somente a cabeça das mulheres, e usará protótipos de corpos criados eletronicamente a partir de dublês. Depois, é só colocar a cabeça no corpo perfeito, e pronto. A mulher não vai mais precisar tirar a roupa para pousar nua.