Eu sempre tive muitos medos. Ainda tenho. Há quem afirme
que são inseguranças, mas eu gosto de dizer que são medos. Inseguranças me
parecem descrições de livros de ciência; medos são a vivência do dia a dia. As
vezes, tenho medo de ter os medos errados. Tipo, ter medo da lua, quando, na
verdade, eu deveria ter medo da escuridão. Correndo contra o tempo, tenho medo
de que meu tempo já se tenha passado há muito tempo. Como a nuvem que vem para
trazer uma sombra inútil à noite. E quando minha alma gêmea passa por mim,
tenho medo de dizer bom-dia.
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