Ilhas são portos seguros. Estrelas são desejos
inconscientes. Pássaros, a liberdade. Palavras confundem mais que explicam. Um
formigar sobe o peito e acaricia o pescoço. O rosto se aquece. Lembranças se
iluminam. Um cavalo galopeia pelo vasto infinito, o dia se põe por trás de um
monte, uma pena voa pelo transparente. Árvores são o pai, os galhos abraçam. O
sol é a mãe: luz e calor. O arco-íris é a beleza da trilha impossível. Quando
chove, quero correr de braços abertos por ruas e por becos e bater, encharcado,
à sua porta. Ver o seu rosto surpreso ao me ver entregue à tempestade. Talvez
lhe roubar um beijo e correr de novo chuva a dentro para longe, sem que nós
dois jamais entenderemos o que de fato aconteceu.
No comments:
Post a Comment