Então vem aquela sensação de que o mundo escapole pelas
mãos. De que tudo acontece para todo mundo, menos para mim. Nas redes sociais,
há sorrisos e viagens deslumbrantes para todos os lados. E eu, preso a minha
tentativa frustrada de seguir adiante, batendo todos os dias à mesma porta
trancada. Começo a apavorar-me de que o tempo possa ser mais rápido que o meu
esforço. De que meus objetivos, quando conquistados, sejam incompatíveis com minha
idade que avança. Algo como um adulto que recebe um brinquedo que desejou por
toda infância, mas que não faz mas qualquer sentido, agora, na vida adulta.
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