Ela sempre
implicou com o carnaval. Não que condenasse a manifestação da alegria. Pelo
contrário, via na dança, na música e na festa um direito incontestável da alma.
A implicância dela era com a hora marcada: felicidade não tem data. Não concordava
que um país inteiro parasse tudo para ser feliz e dias depois retornasse para
uma rotina de muitos problemas. Felicidade é algo espontâneo, ela acreditava. É
o peixinho pulando na beira da praia ao raiar do sol. É o casal que se beija ao
ver uma estrela cadente.