Desde pequena lhe ensinaram a buscar abrigo quando chovesse.
A fugir do vento. A evitar arbustos espinhosos. Um dia ela se cansou. Correu por
chuva de vento e deixou que os espinhos da vida lhe marcassem com ensinamentos.
Tropeçou, levantou-se, tropeçou de novo, ergueu-se outra vez. Algumas rugas
surgiram com o tempo, e deixou de ter aquela pele sedosa que os meninos da
escola admiravam. Hoje ela não é boneca, não é imagem, tampouco conquistou o
mundo e não se diz emancipada. Ela é somente ela, força e coragem.