discussão polêmica: a defesa do aborto virou um must entre
as pessoas supostamente instruídas. em defesa do aborto, pesa o direito de
opção da mulher para encerrar uma gravidez e a preocupação com a saúde das mulheres
(uma vez que abortos clandestinos causam muitas vítimas). na discussão, oculta-se,
porém, uma bandeira importante: o direito à vida das crianças na barriga. evidentemente,
as crianças não nascidas não dispõem de mecanismos para garantir a própria vida.
deveria o estado abandoná-las à sorte? é preciso lembrar que os abortos, ao
contrário de 30 anos atrás, tornam-se cada vez mais rotineiros. se entre as
décadas de 1950 a 1990 o aborto fosse tão comum como é hoje, talvez 10% de nós,
que estamos aqui discutindo, não teria nascido. é pra se pensar. hoje existem
exames genéticos cada vez mais precisos, que adiantam a cor dos olhos, a provável
altura e eventuais doenças genéticas da criança que está para nascer.
conhecendo a loucura humana, é certo que haverá mães que optarão por fazer um
aborto, pelo fato da futura criança ter olhos escuros e um pé torto. o caso da
mulher que morreu recentemente em Niterói, após fazer um aborto clandestino, é
um bom exemplo: ela tinha três filhos saudáveis e o marido queria ter o quarto
filho, mas, mesmo assim, ela interrompeu uma gravidez no quinto mês, pois
acreditava que um novo filho iria atrapalhar a vida profissional. quem já viu
exames de ultrassom sabe que no quinto mês de gravidez a criança está formada. o estado não deveria proteger essa criança?