há dois fatos que se misturam na questão do instituto
Royal: uma é a invasão do instituto; a outra é o uso de cães e gatos em
experimentos. vou me limitar apenas aos experimentos.
poucos séculos atrás, havia escravos no mundo, e dizia-se
que, sem escravos, não haveria a possibilidade de se promover o progresso da
humanidade. foi preciso muita pressão e ativismo, para derrubar as verdades
enraizadas nas sociedades daqueles tempos. hoje, a humanidade quer que se encontre
métodos alternativos para experimentos com animais.
é uma posição extremamente confortável dizer que não há
outro caminho. não há, porque não há pressão para que haja. se deixássemos, os
laboratórios testariam remédios em crianças, aliás, há milhares de relatos de
experimentos ilegais com pessoas na África. se hoje ainda não existem caminhas
alternativos, os ativistas querem, ao menos, limites. cães e gatos são animais
de estimação, que nos são muito próximos. da mesma forma que é proibido comer
cães, pessoas querem o fim dos experimentos com cães. querem que se limite os
experimentos, enquanto não haja outra alternativa, aos ratos de laboratório; e
que, a curto, médio ou longo prazo, também os ratos sejam poupados desses
testes cruéis.