Mais uma da série...
Tuesday, December 30, 2008
Ano Novo
Saturday, December 27, 2008
Somos todos uma grande fraude
A arte é uma fraude. O artista quer unicamente que você, espectador, se encante com as obras. Está desesperado por um lugar ao sol. Sonha com o reconhecimento. O tempo em que o artista expressava emoções acabou faz tempo. Hoje, a arte expressa a ganância, a disputa do ego, o desespero pela fama. A culpa não é só dos artistas, é de todo meio das artes, dos curadores, colecionadores e galeristas. Mas, no fim das contas, quem se vendeu foi o artista.
Photoshop na Playboy
Foto montagem
Wednesday, December 24, 2008
Guerra e paz
Foto tirada no dia 22.12.2008, navio da Marinha que dava "proteção" ao Presidente da França (acho que deveriam estar é protegendo a linda mulher dele). Aliás, que engraçado: o nosso Presidente achou melhor receber Sarkozy e Carla Bruni na companhia de Camila Pitanga, por que será ? Bem, voltemos à foto. Um navio de guerra envolto por um arco-íris sempre faz pensar. Além de guerra e paz, lembra também os problemas que os homossexuais enfrentam nas forças armadas. Pega até mal, um navio de guerra na frente do arco-íris, símbolo do movimento gay! Mas neste caso não há nada que se possa fazer, um arco-íris não pode ser preso. Finalmente, foi nesse dia que morreu um soldado em treinamento em um navio da marinha (não sei se foi no mesmo navio). De qualquer forma, foi uma linda homenagem da natureza.
Monday, October 20, 2008
Almas aprisionadas em Hades
A liberdade é a busca mais intrigante do ser humano, pois ela não existe da forma como muitos a desejam. Vivemos presos a um sistema complexo, composto por nossa cultura, hábitos familiares, influência de amigos, fatos experimentados e diversos outros fatores. E mesmo se conseguíssemos nos libertar deste sistema, ainda estaríamos acorrentados a nossa constituição biológica, que nos impõem a maneira de ver o mundo. Por esta razão, o momento mais próximo à liberdade que podemos experimentar ocorre quando cerramos os olhos, deixando brotar, na escuridão do nosso ser, a luz do inconsciente. Assim, necessariamente, questionamos o conceito da prisão: um homem trancafiado em um presídio de segurança máxima pode ter maior acesso à liberdade que a sociedade que o aprisionou. Afinal, ele tem tempo de sobra para cerrar os olhos.
Thursday, October 09, 2008
Crise na economia global
A crise que atualmente está derrubando as economias de todo mundo, não é uma crise bancária. Também não é a crise de Bush, conforme afirmou o nosso presidente. Tão pouco foi causada por especulação nos mercados imobiliários. Trata-se, acima de tudo, de uma crise de valores. É difícil explicar este ponto de vista sem entrar no clichê do monstro capitalista mastigando a alma humana.
Há décadas filósofos, líderes espirituais e outros teóricos vem alertando a humanidade dos perigos da inversão de princípios. Chegamos ao ponto em que tudo, absolutamente tudo, é medido em dinheiro. Ao se discutir a preservação da Amazônia, a questão central sempre é o valor financeiro da Amazônia. Ninguém simplesmente diz: “vamos preservá-la pois a floresta é linda” ou “é preciso preservar para que futuras gerações tenham o privilégio de conhecê-la.”. O mesmo fenômeno ocorre na arte, o valor de uma obra está no preço. O sujeito quer ter a obra mais cara possível em casa, pois essa, na visão atual do mundo, é a melhor de todas.
A bolha do mercado imobiliário não foi causadora da crise, mas conseqüência. Pessoas penhorando as suas casas em troca de crédito, mesmo quando não precisavam deste crédito, chega a ser insanidade. Arriscaram o que durante séculos considerou-se o único bem intocável do homem, a casa própria, para comprar uma televisão maior e ter o carro do ano. É falácia dizer que Wall Street causou a crise atual; quem a causou fomos todos nós. Wall Street apenas especulou em cima de nossa visão distorcida do mundo, acelerando a conseqüência inevitável.
Do ponto de vista histórico, a crise vem da evolução de um sistema existente desde os grandes impérios e reinados. Quando um rei precisava de dinheiro, geralmente por ter feito uma má gestão, concedia títulos aos ricos comerciantes, em troca de generosas doações. Através destes títulos os comerciantes tinha acesso ao ciclo social, ou seja, passaram a ter um status. No século XX, na visão capitalista do mundo, estes títulos tornaram-se dispensáveis. Bastava ter dinheiro, que automaticamente o acesso aos ciclos sociais estava garantido, principalmente em economias novas, como EUA, Brasil e, recentemente, China e Rússia. Assim pulou-se a etapa formal do “aval do rei”, e a busca social, por si só já condenável, fugiu do controle. Qualquer um, do favelado ao doutor universitário, poderia ingressar na "sociedade" de uma hora para outra, bastava acumular fortuna, mesmo que de forma ilícita. E só para deixar bem claro, o problema central da questão não é um favelado freqüentar os ciclos da "alta sociedade", mas a necessidade da humanidade de se destacar socialmente. A riqueza deixou de ser garantia de conforto e segurança, para tornar-se uma escada social.
Também nos hábitos de consumo há uma grande distorção. Nada contra o consumo, afinal, todos nós precisamos de dinheiro para sobreviver. O problema do consumo está na relação produto novo / status social. Um ser humano dirigindo o mais recente lançamento da indústria automobilística, ou seja, o carro zero, é mais considerado que outro, com um carro de cinco anos atrás. O mesmo vale para as bolsas femininas e os celulares. O sujeito que usa o mesmo celular por mais de dois anos, acaba virando alvo de piada entre os amigos. Mas como fugir deste modelo sem abalar os milhares de empregos que dependem desta constante renovação, principalmente nas indústrias ? É simples, trocando-se a novidade pela manutenção. Se a humanidade optar por ficar com o mesmo carro por dez anos, surgirão milhares de novas vagas em oficinas mecânicas, pois carros antigos precisam de manutenção. Hoje tornou-se mais barato jogar uma impressora defeituosa no lixo a concertá-la. Além de contribuir para a futura escassez de matéria prima, este fenômeno é um reflexo claro da ditadura do novo; a demanda pelo novo é tão grande que este tornou-se barato.
Os astrólogos estão celebrando a suposta chegada da era de aquários, que, segundo previsões, estria se instalando em 2012, livrando a humanidade da ganância e da imagem social. A “era do ter” estaria sendo substituída pela “era do ser”. Sem entrar no mérito desta ciência quase religiosa, seria um modelo interessante para o homem, um passo maduro para o futuro. Deixar de competir por uma imagem vaga e abstrata, para simplesmente viver a existência, de forma responsável, como na música “Imagine” de Lennon. Voltando a questão da quebra de Wall Street, todo mal se destrói sozinho, e, nesse caso, quem se autodestruiu foram os valores adotados pela humanidade. Estamos vivendo um momento extraordinário, o mais importante desde a reconstrução do mundo após a Segunda Guerra Mundial. Tempos de dificuldade sempre trazem em si a semente do recomeço. Cabe a nós, aproveitar esta oportunidade, solucionando de uma só vez três questão coligadas: o aquecimento global, a desigualdade no mundo e o desespero doentio por um lugar ao sol, quando o sol, por natureza, brilha para todos.
Sunday, September 07, 2008
"Após Moisés"
O título desta minha foto (a imagem de cima) diz praticamente tudo, a imagem simboliza o retorno das águas após a passagem de Moisés pelo mar vermelho. Tirada em 2006 nas Cataratas do Iguaçu, tornou-se um de meus trabalhos mais importantes. A imagem nasceu e complementa a foto “sem título” (a imagem de baixo) que foi apelidada de “Moisés”, por dois colecionadores, um sem saber do outro, razão pela qual adotei o título informalmente. No caso desta segunda foto (a de baixo) temos o divisor das águas. Ou seja, as duas fotos juntas representam e simbolizam a passagem de Moisés pelo mar vermelho.
Monday, August 25, 2008
Fotografia de Produtos
1) Eliminar reflexos no produto
Os outros três itens (1,3 e 4) dependem do uso de uma mesa de produto, uma mesa desenvolvida para se fotografar produtos. Para quem não tem esta mesa, existe uma maneira barata e simples para improvisar. Compre 5 placas de isopor, de mais ou menos 50x100cm. Faça um cubo com estes pedaços, deixando somente a parte de cima aberta (como se fosse uma caixa de sapato aberta). Dentro deste cubo coloque uma folha grande de papel branco. Em cima da folha coloque o produto a ser fotografado. Use um FLASH externo com Haze (uma caixa quadrada de tecido que serve como difusor do flash) e tampe 2/3 da parte de cima do cubo com este Haze. Então fixe a máquina no tripé e use o 1/3 aberto, para fotografar o produto.
Thursday, May 15, 2008
O fim do cibachrome
O que é o Cibachrome ? Trata-se do processo mais direto da fotografia. A imagem é captada em cromo (um positivo) e ampliado diretamente para o papel. Assim, existem duas etapas a menos que na ampliação tradicional do negativo (no processo do negativo, na hora de se tirar a foto, a imagem é convertida para negativo e na hora de ampliar, é convertida para positivo novamente, ou seja, são duas etapas a mais). Por ser um processo direto, o Cibachrome é o mais nítido de todos os processos de ampliação e também o mais fiel à realidade. Exibe uma infinidade de degrades e cores que o negativo e o digital não suportam, e consegue dar um volume aos tons de preto. Um Cibachrome bem feito dá uma perfeita noção de profundidade, beirando o olhar tridimensional do ser humano. Quem segura um cibachrome na mão, tem a impressão de estar segurando uma jóia. É um processo extremamente complicado e tóxico, razão pelo qual sempre foi caro e restrito ao mercado de arte. No Brasil Miguel Rio Branco foi o grande difusor desta técnica. Agora, ao exemplo do que aconteceu com a daguerreotipia na fotografia em preto e branco, a tecnologia unida à produção em massa está fazendo desaparecer o mais perfeito processo de ampliação colorida. Uma dica para quem coleciona arte: aproveite e compre os últimos exemplares desta técnica, pois em alguns meses desaparecerão do mercado.
Thursday, April 17, 2008
Robert Capa
Wednesday, April 16, 2008
Sp - Arte 24 a 27 de Abril
1) Galeria Tempo: a única exclusiva de fotografia. Artistas como Sebastião Salgado (foto ao lado), Saggese e Lorca, entre outros, fazem parte do acervo da galeria.
2) Fortes Vilaça: Vik Muniz
Tuesday, April 15, 2008
Sebastião Salgado e a fama
O silêncio ensurdecedor
Saturday, April 12, 2008
Heaven
Wednesday, April 09, 2008
A Importância de Marc Ferrez
Tuesday, April 08, 2008
A importância do conhecimento
Sugiro estudar todos os fotógrafos a seguir o máximo possível. Foram eles que revolucionaram a fotografia.
No Brasil:
(os primeiros)
Marc Ferrez
Leuzinger
(os modernos)
Thomaz Farkas
German Lorca
(os contemporâneos)
Miguel Rio Branco
Sebastião Salgado
Mario Cravo Neto
Vick Muniz
Os estrangeiros:
Cartier Bresson (foi um dos pais da fotografia moderna)
Robert Capa (foi o maior fotógrafo de guerra)
Helmut Newton (revolucionou a moda)
Richard Avedon (a melhor luz de todos os tempos / moda e portrait )
Man Ray (o mais valorizado de todos e um estilo inconfundível)
Hiroshi Sugimoto (único, intrigante, PB)
Irving Penn (moda)
Robert Mapplethorpe (fez erotismo / gay e chocou o mundo)
Bert Stern (ficou famoso por fazer o último ensaio de Marilyn Monroe, chamado de “The Last Sitting” – um marco na fotografia)
Existem muitos outros importantes, mais estes são obrigatórios (pode ser que me esqueci de algum). Destes, já estão mortos: Ferrez, Leuzinger, Bresson, Capa, Newton, Avedon, Man Ray, Mapplethorpe.